Amélia: a assassina de bebês de Bristol
Amelia Elizabeth Dyer nasceu em 1837, em Bristol, na Inglaterra. Na infância, teve que lidar com a doença mental de sua mãe, cuidando dela até a sua morte, em 1848.
Dyer cursou enfermagem e passou a cuidar de bebês de mulheres que engravidavam, mas não eram casadas ou tinham engravidado em relações fora do casamento. Muitas mulheres procuravam cuidadoras para essas crianças nascidas nessas circunstâncias e pagavam por isso, já que ter um filho fora do casamento era considerado um grande problema moral.
Amelia Dyer passou a oferecer os seus serviços em anúncios em jornais, anunciando uma casa acolhedora e um tratamento carinhoso. Na realidade, porém, ela maltratava os bebês e os deixava sem comer para que morressem e pudesse ocupar o lugar deles com outros recém-nascidos.
Com o tempo, o número de mortes de bebês que estavam sob seus cuidados começou a chamar a atenção das autoridades. Ela foi detida e teve como pena seis meses de trabalho forçado.
Em liberdade, retomou a sua atividade. Fazendo uso de identidades falsas e mudando de residência com frequência, seguiu matando bebês e buscando formas de se livrar deles de maneira rápida.
Amelia Dyer passou a estrangular os bebês e a descartar os seus corpos no rio Tâmisa. Depois de encontrar um corpo próximo ao rio, a polícia passou a investigar as cuidadoras e descobriu provas dos crimes de Dyer.
Os policiais encontraram em sua residência cartas de negociação das adoções, roupas de bebês, recibos de anúncios de jornais e um forte cheiro de carne podre que se espalhava por toda a casa.
O caso teve uma repercussão imensa. As buscas no rio Tâmisa passaram a ser acompanhadas por um grande número de pessoas e mais de 50 corpos de bebês foram encontrados. Conforme as investigações, Amelia Dyer matou cerca de 300 crianças.
Em 1896, Dyer foi condenada à morte, mas até hoje ela é lembrada como uma das maiores assassinas de crianças da história.
Referências:
https://www.bbc.com/news/uk-england-berkshire-39330793