Crimes

A impressionante história do apresentador que mandava matar pessoas para mostrar os crimes em seu programa televisivo

A gente vive anos pesquisando coisas absurdas, mas chega à conclusão de que não conseguiu ver de tudo

Essa é uma das histórias mais tenebrosas já contadas por aqui. Um assunto pesado, um caso impactante que só poderia acontecer em um país como o Brasil, lugar em que a cultura da morte e da violência tomaram conta do inconsciente coletivo da população.

Nossa história começa com o personagem principal, o apresentador Wallace de Souza, ex-policial, que ao ser demitido da polícia, após processo disciplinar, passa a trabalhar em um programa televisivo transmitido por um canal de TV de Manaus, Amazonas.
Wallace era ligado a um grupo criminoso que supostamente abrigava policiais, ex-policiais e pistoleiros autônomos.

Na direção do programa, nomeado de “Canal Livre”, que apresentava atrações jornalísticas com abordagem sensacionalista semelhante a inúmeros programas policiais que temos em todo o país, Wallace mostrava corpos recém alvejados, alguns deles ainda produzindo fumaça. Além de sua equipe de produção ter acompanhado alguns desses crimes ao vivo.

A popularidade da atração e do apresentador aumentaram exponencialmente e Wallace foi eleito deputado estadual. Sua passagem pela Assembleia Legislativa do Amazonas marcou a ascensão das milícias nas periferias de Manaus.

Com o aumento da audiência no programa e os inacreditáveis furos de reportagens que conseguia, o apresentador passou a ser investigado por uma força tarefa, envolvendo Juízes Federais, MPF e polícia civil.

Após meses de investigações e muitas mortes, descobriu-se que Wallace encomendava assassinatos de desafetos e criminosos que atrapalhavam os negócios do grupo criminoso ao qual era ligado e, no momento dos crimes, ou logo após o ocorrido, enviava uma equipe para coletar as imagens e usar em seu programa.
Não era raro ver Wallace no local do crime, ou entrando na casa de suspeitos, dando tapa na cara das pessoas que chamava de “bandido” e gerando muita popularidade com isso.

Segundo os investigadores, Wallace se reunia com os produtores do programa para construir roteiros que explicassem as mortes encomendadas, num processo sinistro de fabricação da notícia.
Quando foi preso junto com o filho, até protesto em frente a delegacia teve. A população não conseguia acreditar que o homem que combatia e denunciava bandidos, era o pior deles.

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