Conheça a história do Coronel Alfeu de Alcântara, a primeira vítima da Ditadura Militar.
Essa é pra quem diz que a Ditadura só matou “vagabundo” e “comunista”.
Alfeu Monteiro, desde 1961, era tenente-coronel e compunha o efetivo do Quartel General da 5ª Zona Aérea, da FAB, situado em Canoas, estado do Rio Grande do Sul.
O militar participou ativamente da campanha da Legalidade, encabeçada por Leonel Brizola, que assegurou a posse do presidente eleito João Goulart, contestada, na ocasião, pelos ministros militares.
Na época, Generais e políticos já estudavam dar um Golpe na democracia brasileira. Com a renúncia de Jânio Quadros, João Goulart, que era cunhado de Leonel Brizola, deveria ter tomado posse. Mas um conluio entre militares e forças civis tentou impedir a posse do Vice Presidente acusando-o de comunista. Então, Brizola, na época governador do Rio Grande do Sul armou resistência a essa tentativa.
Liderando oficiais e sargentos, Alfeu impediu que os aviões da base levantassem voo para bombardear a cidade de Porto Alegre, onde o Governador Brizola comandava a resistência. A ordem dada pelos Militares do Estado Maior era para bombardear o Sul do país, matando civis indefesos, como mulheres e crianças. Alfeu foi um dos organizadores do boicote e liderou soldados e outros oficiais para sabotarem aeronaves e sumirem com armas de grosso calibre para que ninguém pudesse atacar o próprio país.
Alfeu achava loucura que um governo pudesse mandar matar as pessoas do próprio povo.
O ato foi considerado como desobediência ao Estado Maior das forças armadas. O nome de Alfeu ficou marcado entre os possíveis subversivos que seriam combatidos e teriam ligação com o comunismo. Apesar do oficial estar apenas impedindo um golpe à democracia.
Quando o golpe militar de 1964 foi desencadeado, os militares foram atrás de Alfeu e o executaram a tiros, como forma de vingança e castigo pela desobediência de anos passados.
No mesmo mês do assassinato, foi forjado um processo que absolveu o executor , impudando-lhe legítima defesa. O poder judiciário reconheceu anos depois que o inquérito, processo e julgamento foram fraudados, mas a lei da anistia garantiu a liberdade ao assassino de Alfeu.
O Coronel da Aéronautica se recusou a bombardear Porto Alegre, pois não achava certo matar pessoas da própria nação, apenas por que os militares não concordavam com a tomada de posse de Joao Goulart, que inclusive estava garantida em lei.
Alfeu morreu por respeitar as leis e se recusar a derramar sangue inocente.
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