A história de Maguila: o pugilista peso pesado, exemplo de esforço e síntese de um Brasil que pouco investe em seus atletas
José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, é um ex-pugilista brasileiro. Nascido em Aracaju, Sergipe, Adilson era filho de agricultores e tinha 19 irmãos. Tentou cursar o ensino fundamental, mas tinha dificuldades para aprender as disciplinas escolares. Aos 13 anos, a professora mandou-o escrever na lousa e ele não quis ir. Ela bateu com a palmatória no seu braço. Maguila reagiu: deu-lhe um soco de direita e a professora caiu. Estava no quarto ano e acabou expulso do colégio.
Durante a juventude, se transferiu para São Paulo, onde trabalhou como pedreiro, leão-de-chácara de uma boate e segurança de um motel. Até conhecer o boxe em uma academia paulistana. Muito forte e com uma patada esmagadora, Maguila enfrentou sua primeira luta em 1983 e venceu, derrotando José Tavares por nocaute no início do terceiro round.
Após o primeiro confronto, Adilson emendou uma série de vitórias e, em uma dessas lutas, foi observado e procurado pelo locutor e empresário Luciano do Valle, era o início de uma nova fase na vida do lutador. Ao fechar contrato com a empresa de Luciano, Maguila passou a treinar com o grande Angelo Dundee, que instruiu lutadores como Sugar Ray Leonard e Muhammad Ali. Também passou a aparecer mais na mídia e ganhou projeção nacional.
Forte e habilidoso, Maguila era considerado um bom lutador, chegou a ser cotado para lutar com Mike Tyson, o grande boxeador de sua época, mas as duas lutas mais famosas de sua vida foram contra os campeões Evander Holyfield, em 1989, e George Foreman, em 1990. Foi derrotado nas duas. O lutador brasileiro chegou a vencer o título mundial de boxe dos pesos pesados por uma federação de boxe pouco conhecida. Com o passar do tempo e o peso da idade, Maguila foi perdendo lutas e fama.
Atualmente, encontra-se doente, vítima de Encefalopatia traumática crônica, fruto dos anos passados e socos levados na cabeça.
Referências:
https://revistatrip.uol.com.br/trip/mais-bati-do-que-apanhei