A história de irmã Dorothy, mulher que lutou a vida toda contra a pobreza e a exploração, e encontrou um triste destino no Brasil, a terra das desigualdades
Dorothy Mae Stang nasceu em Dayton, Ohio, Estados Unidos, em 1931. Filha de uma família pobre, Dorothy sempre frequentou a igreja com sua mãe. Aos 19 anos, realizou os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência. Desde muito nova, Stang se aproximou das causas dos mais pobres, fazendo serviço social e de apoio familiar em bairros pobres de seu Estado.
Formada freira, passou a fazer parte da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Namur, instituição que a levaria até o Brasil, lugar que mudaria para sempre a sua história.
A missionária estava presente na Amazônia desde a década de setenta atuando com os trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos pequenos agricultores da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.
Irmã Dorothy, como era conhecida, se tornou uma das principais vozes internacionais na luta contra os latifúndios e a destruição da floresta, emitia boletins mensais sobre a situação conflituosa na área amazônica paraense e pressionava o governo federal e órgãos internacionais para aumentar a fiscalização e punição aos desmatadores, principalmente dos madeireiros.
Foi assassinada com 6 tiros à queima roupa, a mando de um fazendeiro da região de Anapu, no Pará, em 2005.
A religiosa entrou na lista das pessoas assassinadas por questões fundiárias no país. Sua morte ecoou na mesma magnitude que o assassinato de Chico Mendes, no final dos anos 80.
Referências:
http://www.synod.va/content/sinodoamazonico/pt/testemunhos-da-amazonia/irma-dorothy.html
http://memorialdademocracia.com.br/card/assassinato-de-dorothy-stang-choca-o-pais