O Atentado do Riocentro – o crime que ajudou a dar fim à Ditadura Militar
Atentado do Riocentro é o nome dado a um frustrado ataque a bomba ao Centro de Convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1981, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador, durante o período da ditadura militar no Brasil.
Na noite do dia 30 de abril de 1981, durante o show de Elba Ramalho, uma explosão foi ouvida do lado de fora do evento. Um Puma GTE explodiu matando o sargento Guilherme Pereira e ferindo gravemente o capitão Wilson Dias Machado, ambos do exércitos brasileiro.
Devido à explosão, as comemorações do dia do trabalhador, que aconteciam no local, foram interrompidas. A polícia fechou o evento e iniciou um inquérito policial. A SNI – Serviço Nacional de Informação – lançou nota dizendo que o atentado foi planejado e executado por organizações de esquerda, que visavam tomar o poder e fazer a revolução comunista. Mas, ao longo do inquérito e com a vigilância e investigação constante da mídia, descobriu-se que setores do exército brasileiro, que se posicionaram contra a política de redemocratização do país, estavam por trás do atentado.
O plano inicial era explodir o carro no momento da saída do show, matando o maior número de pessoas possível, a culpa pela ação seria direcionada a grupos e partidos de esquerda. Como parte do plano, uma outra bomba foi jogada próxima à estação de energia que alimentava o espaço de convenções.
Por falta de habilidade dos responsáveis por armar as bombas, os artefatos acabaram explodindo acidentalmente, frustrando os planos dos autores do crime e escancarando as intenções de setores do exército, que ainda insistiam na manutenção de um Regime desgastado e antidemocrático.
Referências:
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2019/08/28/interna_politica,1080477/amp.html
http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/memorial/default.aspx?mn=&c=159&s=
https://www.camara.leg.br/radio/programas/486755-atentado-do-riocentro-completa-35-anos/
