O hediondo crime de Elize: o homicídio que chocou o Brasil
A Yoki é uma marca do ramo alimentício bastante conhecida no Brasil, mas em 20 de maio de 2012, seu nome apareceu diversas vezes nos noticiários e não foi por causa de um produto novo que estava sendo lançado no mercado. Foi graças a um crime que chocou o país.
Marcos Matsunaga era diretor-executivo da Yoki. Casado com Elize Matsunaga, ao entrar em seu apartamento, ele foi morto com um tiro na cabeça disparado por sua esposa.
A brutalidade do crime fez com que ele ganhasse ampla cobertura na imprensa. Elize não apenas matou seu marido, como cortou seu corpo em pedaços e o colocou em três malas, deixadas na beira de uma rodovia em Cotia, São Paulo.
Marcos e Elize começaram a se relacionar em 2004. Na época, ele era casado e Elize era prostituta. Ele a tirou das ruas e a manteve como sua amante por três anos, até que decidiu se divorciar e assumir o relacionamento com Elize. Em 2009, eles se casaram oficialmente. A relação, entretanto, sempre foi bastante conturbada, o passado da esposa fazia com que Matsunaga a ameaçasse com frequência, dizendo que a deixaria sem nada e ficaria com a guarda da filha que eles haviam tido.
Elize não confiava no marido e achava que ele a traía. Ela contratou um detetive particular para investigar o marido e acabou confirmando as suas suspeitas. Após voltar do Paraná, onde tinha ido visitar sua mãe, ela começou a articular o seu plano.
Matsunaga desceu para buscar uma pizza e foi recebido pela esposa com um tiro à queima roupa. Em seguida, ela esquartejou o corpo em seis partes, dividindo a cabeça, os braços, tórax e pernas.
Na manhã seguinte, as câmeras de vigilância do elevador do prédio onde moravam registrou a imagem de Elize descendo com três malas. Nelas estavam as partes do cadáver de Marcos.
Três dias depois do crime, as malas foram encontradas e, em 4 de junho, os restos mortais foram identificados como sendo de Matsunaga. As imagens captadas pelo elevador tornaram Elize a principal suspeita do assassinato. Dias depois, ela assumiu a autoria do crime e disse em seu depoimento que agiu sozinha, motivada pelas traições do marido e pelas constantes ameaças que sofria.
Após um longo julgamento, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão. Sua defesa defendeu a tese de que havia sido um crime passional, mas a Promotoria tentou mostrar que a acusada tinha premeditado o crime para ficar com a herança do marido. Em 2019, Elize teve a sua pena reduzida para 16 anos e 3 meses. Atualmente, ela cumpre pena no presídio de Tremembé e já se encontra no regime semiaberto, tendo direito à saidinhas em datas determinadas.
Referências:
https://istoe.com.br/retranca/caso-yoki/