A história do assassinato de Onã, o homem usado pela igreja para proibir sexo anal e masturbação masculina
Onã é um personagem bíblico muito famoso por ilustrar regras sexuais impostas pela igreja ao longo da história da sociedade ocidental.
A história, contada no livro de Gênesis, diz respeito a dois irmãos: Er e Onã.
Er era um homem mau e foi executado por Deus, o motivo não é revelado nas escrituras sagradas. Judá, filho de Jacó, e pai dos dois personagens, ordena que Onã faça o “casamento de cunhado”, prática cultural antiga em que o irmão do morto se casava com a cunhada viúva para cuidar dos bens do falecido.
Onã então casa com Tamar, esposa de Er.
A ordem de Judá era que Onã desse descendência ao irmão, tendo um filho com Tamar. Onã tinha relações sexuais com a cunhada, no entanto, interrompia o coito e ejaculava no chão ou através da masturbação.
Como especificado em Gênesis 38:9 “Onã, porém, soube que esta descendência não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando possuía a mulher de seu irmão, derramava o sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão.”
Então, enfurecido com a prática de Onã, Deus também o matou. Estudiosos indicam que o motivo do assassinato de Onã não foi a prática da masturbação em si, mas a desobediência de Judá.
A passagem foi usada pela igreja católica para proibir o desperdício de sêmen praticado através da masturbação, sexo anal (sodomia) e também para reprimir práticas homossexuais. Até o século XIX, os países ocidentais chamavam a masturbação de “Onanismo”.