Sangue nos Jogos Olímpicos: A história do “Massacre de Munique”, em 1972.
Massacre de Munique foi um massacre ocorrido durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, Alemanha, quando, em 5 de setembro, integrantes da equipe olímpica de Israel foram feitos reféns pelo grupo paramilitar palestino denominado Setembro Negro, o evento é considerado até hoje como o maior atentado terrorista já ocorrido em um evento esportivo.
No alojamento às 4:00 da manhã, enquanto os atletas Israelenses dormiam, oito terroristas palestinos integrantes da Organização Setembro Negro, uma facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), escalaram as cercas de mais dois metros da vila olímpica carregando mochilas que continham AKs 47, pistolas Tokarev e granadas. Os terroristas haviam sido treinados no Líbano e na Líbia.Lá dentro, eles roubaram chaves e entraram nos dois apartamentos ocupados pelos atletas israelenses, fazendo 12 reféns.
O sequestro imediatamente chamou a atenção da mídia internacional. Autoridades de Israel, Estados Unidos e até da Jordânia condenaram o atentado e pediram a libertação dos reféns.Entre as exigências dos terroristas estavam a libertação de 234 detentos palestinos presos em Israel. O homens também pediram a soltura dos alemães Andreas Baader e Ulrike Meinhof, membros da Fração do Exército Vermelho.
Durante os primeiros contatos da polícia alemã com os terroristas o corpo de um dos atletas foi jogado para fora para mostrar a determinação dos sequestradores. Os políticos israelenses afirmaram que não haveria negociações e não cederiam as exigências dos terroristas. Israel também pediu autorização para o governo alemão para enviar suas forças especiais para a região, mas os germânicos negaram. A situação era controversa, pois os reféns eram judeus, o que tornava tudo mais complicado para os políticos alemães.
Naquele ano, o governo alemão fez de tudo para diminuir a militarização na segurança do evento, pois era a primeira vez que sediavam os jogos olímpicos após o governo nazista, e não queriam certas comparações com o antigo regime político.
Quando os terroristas se viram sem grande poder de negociação, exigiram aeronaves para fuga, o governo Alemão, decidido a por fim no sequestro e, sem o preparo necessário, concordou em enviar dois helicópteros para levar os terroristas e reféns até o aeroporto, de onde poderiam fugir. A aceitação das exigências fazia parte de um plano para emboscar os sequestradores. O desfecho falho da ação seria o desencadeamento do maior ataque terrorista já registrado em um evento esportivo na história mundial.
Na fuga, os terroristas perceberam que se tratava de uma emboscada, a polícia alemã abriu fogo e os sequestradores resolveram atirar nos reféns. O saldo do massacre foi alto. Um total de cinco terroristas foram mortos (outros três foram capturados). Cerca de onze reféns e um policial alemão também perderam a vida.
Apesar da resistência inicial, o Comitê Organizador das Olimpíadas decidiu suspender os jogos. Uma cerimônia foi feita no estádio olímpico de Munique, onde 80 000 espectadores e 3 000 atletas compareceram. Autoridades de vários países pelo mundo condenaram os atentados.
Os terroristas afirmaram que o motivo do atentado era chamar atenção mundial para a causa da independência da Palestina, cujo território estava sob ocupação militar israelense desde o final da década de 1960.
Após o ataque a Primeira Ministra Israelense Goda Meir recrutou o Mossad(serviço secreto israelense) e iniciou a operação Cólera de Deus, visando desmantelar e assassinar os responsáveis pelos ataques em Munique.
Referências:
http://time.com/24489/munich-massacre-1972-olympics-photos/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Munique
http://www.dw.com/…/1972-atentado-na-vila-ol…/a-622972
Indicação de Filme: Munique – 2005