Crimes

O sedutor assassino: a tenebrosa história de Ted Bundy

Theodore Robert Cowell nasceu em Vermont no dia 24 de novembro de 1946. Na época, sua mãe, Louise Cowell, tinha 22 anos e disse ter engravidado de um marinheiro. Filha de uma família extremamente religiosa da Filadélfia, ela teve o bebê em uma casa que acolhia mulheres grávidas que não eram casadas.

Três meses depois, Louise voltou para casa e seu pai decidiu registrar a criança como se fosse seu filho, para evitar que o nome da família fosse desmoralizado. Ele cresceu acreditando que a sua mãe era a sua irmã e que seus avós eram seus pais adotivos. Teve uma infância atribulada e, frequentemente, via aquele que supunha ser seu pai adotivo agredindo a esposa e tratando a todos com violência.

Quando Ted completou quatro anos, Louise mudou-se para outra cidade, levando o menino a quem passou a chamar de Ted Nelson. Em 1951, ela se casou e mudou mais uma vez o nome do garoto para Ted Bundy. Aos 13 anos, Ted descobriu que Louise era sua mãe e que o seu pai era desconhecido.

Nessa época, ele já tinha começado a cometer pequenas infrações. Falsificava ingressos, furtava casas e revirava latas de lixo procurando fotos de mulheres nuas. Além disso, estava fissurado em revistas de investigação com fotos de mulheres mutiladas e em romances policiais. Ted saía à noite observando janelas e tentando ver mulheres se despindo.

Suspeita-se que seu primeiro assassinato teria sido cometido quando ele completou 14 anos. Ted teria matado a sua vizinha de 6 anos, mas ninguém conseguiu provar que ele foi realmente o autor do crime.

Há provas de que ele tenha assassinado 36 pessoas em diferentes localidades dos Estados Unidos. Entretanto, muitos suspeitam que esses números sejam ainda maiores.

Ted Bundy se tornou um homem inteligente e sedutor, que se saía bem no trabalho e na faculdade e conseguia a confiança de quem convivia com ele. Assim, era mais fácil cometer os seus crimes.

Aparentemente, era um rapaz comum. Bonito e charmoso, encantava as mulheres com seus olhos azuis e cabelos escuros. Estava sempre muito arrumado e era extremamente simpático com todos ao seu redor.

Ao longo da vida, exerceu diversas funções, chegando a trabalhar em uma linha telefônica de prevenção ao suicídio e no comitê anticrime de Seattle, desenvolvendo uma cartilha de prevenção ao estupro.

Em 1967, ele se apaixonou por Stephanie Brooks, mas, depois de um ano de namoro, ela terminou o relacionamento, rejeição que marcou Ted Bundy para sempre.

No ano de 1974, uma sequência de crimes muito parecidos começou a acontecer em três estados americanos: Washington, Utah e Oregon. Ted convencia as jovens a entrarem em seu carro e se passava por um policial ou por um portador de alguma deficiência. Quando a garota cedia aos seus apelos para entrar no veículo, ele a golpeava na cabeça, a estuprava e espancava até a morte, praticando atos de necrofilia com seu cadáver. Por fim, desovava o corpo em algum local por ele escolhido.

Em 1975, foi preso por acaso, ao ser parado por um oficial de trânsito, que suspeitou do fato de que ele dirigia em alta velocidade e trazia uma série de itens estranhos em seu porta-malas, como algemas, um picador de gelo, um pé-de-cabra, uma meia-calça com buracos para os olhos.

Quando foi preso, vários especialistas tentaram diagnosticar se ele sofria de alguma patologia para cometer tantas atrocidades. Todos chegaram à conclusão de que ele não era louco, mas apresentava alguns transtornos. De acordo com Ann Rule, autora de um livro sobre Ted, ele era um sádico sociopata, que gostava de controlar as pessoas e desfrutar de seu sofrimento. Seus crimes lhe davam uma sensação de poder que nunca havia experimentado antes disso.

Ted Bundy dizia com orgulho não sentir nenhuma culpa pelos crimes que cometera. Apenas tinha confessado os assassinatos para tentar escapar de um longo julgamento.

Na prisão, ele tentou duas fugas fracassadas, mas conseguiu sair na terceira tentativa. Em 30 de dezembro de 1977, ele conseguiu escapar, depois de ficar seis anos preso pelo assédio e tentativa de sequestro de Carol DaRonch. Bundy fugiu antes que fosse julgado pelo assassinato de Caryn Campbell e tivesse sua pena ampliada.

Ele se instalou nas proximidades da Universidade do Estado da Flórida e ali passou a conviver com estudantes e professores, sem que eles soubessem que estavam diante de um terrível serial killer.

A partir de janeiro de 1978, Ted Bundy aumentou a sua lista de atrocidades. Invadiu uma fraternidade, espancou e estrangulou duas universitárias. Além disso, mordeu brutalmente as nádegas e os mamilos de uma delas.

Em 9 de fevereiro de 1978, o assassino foi preso novamente, ao ser parado com um veículo roubado. Depois de diversos julgamentos e de ter esgotado todas as apelações, ele confessou todos os seus crimes a um grupo de investigadores.

Ao traçar o perfil de suas vítimas, os investigadores perceberam que todas eram mulheres brancas, com cabelos longos e lisos repartidos ao meio. Todas elas eram muito semelhantes a Elizabeth Kloepfer, mulher que, segundo Bundy, teria sido o grande amor de sua vida e de quem ele teria se afastado ao sentir que poderia vir a matá-la.

Em 24 de janeiro de 1989, ele foi executado na cadeira elétrica. Seu corpo foi cremado e suas cinzas foram jogadas entre as cachoeiras de Washington.

Referências:

https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/08/conheca-ted-bundy-serial-killer-que-usava-o-charme-para-atrair-vitimas.html

https://veja.abril.com.br/blog/e-tudo-historia/ted-bundy-quando-a-crueldade-e-tao-real-que-pouco-sobra-a-ficcao/

https://www.bbc.com/portuguese/geral-47220321

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