História do Mundo

Norton Nascimento, a estrela que foi brilhar no céu cedo demais

Norton Nascimento nasceu em Belém do Pará, no ano de 1962. Filho de uma família pobre, o garoto, que já ostentava grande estatura desde muito novo, logo se matriculou em aulas de basquete. Como jogador, conseguiu vir para São Paulo jogar basquete em um time pequeno. Enquanto se dedicava ao esporte, fez um teste para a novela “Imigrantes”, da Bandeirantes, rodada e transmitida em 1981.

Mesmo já tendo estreado na telinha, Norton ainda dava aulas de basquete para poder sobreviver. O ator, muito carismático, só iria atingir a fama na Minissérie “Agosto”, na obra, baseada em um livro de Rubem Fonseca, Norton interpretava “Chicão”, um matador de aluguel que lutava boxe. Mesmo interpretando um vilão, o ator caiu nas graças da população brasileira e logo estreou a novela “Fera Ferida”, se tornando, segundo a crônica especializada, o primeiro sexy symbol negro da história da TV. Mesmo assim, ao longo de sua carreira, sofreu inúmeros episódios de racismo e diminuição em decorrência de sua cor.

Norton Nascimento é considerado um dos melhores atores negros da história recente da TV, porém, teve poucas oportunidades de atuar.

De um coração imenso, autor de várias obras de caridade e incentivador do esporte, Norton foi levado a óbito em decorrência de problemas nesse órgão, que tanto lhe era precioso e destacado.

Submetido a um transplante de coração em 2003, passou a ter problemas frequentes, até falecer em 2007 por parada cardiorrespiratória em decorrência de uma infecção pulmonar.

Antes de seu falecimento, o ator encabeçou uma das maiores campanhas de doações de órgãos já vistas na história da TV. Na época, a discussão sobre transplante estava em voga e Norton foi um dos artistas mais engajados no período.

Em 21 de dezembro, próximo ao Natal, em uma tarde chuvosa, as últimas luzes do palco da vida se apagaram na carreira de Norton. O homem que tinha nascimento no nome encontrou-se com a tão temida, mas inevitável morte. Porém, estrelas não morrem, elas brilham, e o lugar delas brilharem é o céu. Para onde, certamente, Norton carimbou passagem para a eternidade.

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