Curiosidades

“Um Rio que passou em minha vida”: o pedido de desculpas mais lindo da história do samba

A história da música ” Foi um Rio que passou em minha vida”, composição que Paulinho da Viola brilhantemente escreveu para se desculpar com a Portela, sua Escola de Samba do coração.

A composição “Foi um rio que passou em minha vida”, de Paulinho da Viola, surgiu como uma forma do compositor se redimir com a sua escola do coração, a azul e branco Portela. Tudo porque, em 1968, durante uma visita a um amigo, Paulinho acabou compondo outra grande composição em parceria com o poeta e produtor mangueirense Hermínio Bello de Carvalho, o samba intitulado de “Sei lá, Mangueira”. A ideia era usar essa e outras composições para um show em homenagem à verde e rosa. O espetáculo acabou não saindo do papel, porém, Carvalho, um tempo depois, decide inscrever o samba, composto em parceria com o amigo, no 4º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record.

Quando a lista do festival é anunciada, Paulinho fica assustado e, provavelmente, constrangido entre os amigos de sua escola do coração. Ainda incrédulo, Paulinho da Viola tenta excluir a canção do festival, mas, a essa altura, já era tarde demais. Além disso, a canção é defendida pela brilhante voz de Elza Soares, assim, “Sei lá, Mangueira” chega à final da competição e garante a Elza a premiação de melhor intérprete.

Como forma de demonstrar seu verdadeiro amor à azul-e-branco de Madureira e se redimir, Paulinho decide escrever o que é considerado até hoje, um dos mais belos sambas da história do carnaval. A canção, com a estrutura de um samba-enredo, longa e sem repetição de frases melódicas, nunca embalou a Portela em um desfile, porém costuma até hoje ser entoada pelos passistas como forma de preparação para pisarem na avenida. A música projetou o compositor nacionalmente, tornando-se um sucesso absoluto, e até hoje causa admiração em todos os amantes do samba e da música de maneira geral. “Foi um rio que passou em minha vida”, com certeza, faz parte da história da escola portelense, do carnaval e de nosso povo, e guarda uma curiosa relação com a arquirrival mangueirense.

Autor – Dario Odilon

Texto – Dário Odilon Melichenco e Joel Paviotti

FONTE:
“Foi um rio que passou em minha vida”. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020.

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