Assassinos em série: Conheça a tenebrosa história dos Irmãos Necrófilos de Nova Friburgo
Ibraim e Henrique passaram 4 anos matando, enforcando, estrangulando e quebrando crânios de mulheres. Após cometerem o assassinato, estupravam os corpos sem vida das vítimas e guardavam as calcinhas como uma sinistra relíquia
Para quem acha que histórias de necrofilia fazem parte apenas do universo macabro criado pela literatura do Romantismo, trazemos uma história que não saiu das páginas de Álvares de Azevedo ou de Lord Byron, mas que aterrorizou uma comunidade rural de Nova Friburgo.
Conhecidos como os irmãos necrófilos de Nova Friburgo, Ibraim e Henrique de Oliveira mataram brutalmente oito pessoas e praticaram necrofilia com os corpos. Os crimes ocorreram entre os anos de 1991 e 1995 e provocaram medo e revolta na população que vivia na região onde eles atacavam.
Aos 16 anos, Ibraim foi recolhido em um instituto para menores infratores, acusado de ter matado e praticado abuso sexual post-mortem em uma estudante de 11 anos. Na ocasião, ele negou a participação do irmão e ficou internado até completar 18 anos. Antes disso, os dois irmãos já haviam sido acusados pela morte e violação do cadáver de outra mulher, mas não foram presos por falta de provas.
Quando, em 1994, retornou para a casa de sua família, Ibraim foi recebido com medo por sua mãe e sua irmã Márcia, pois, antes da prisão, ele já havia estuprado as duas. Márcia sofria constantes abusos de Ibraim e Henrique e chegou a engravidar de Henrique, abortando a criança para não carregar no ventre um filho do irmão.
Menos de cinco meses depois da saída de Ibraim da instituição, as mortes recomeçaram. Os dois irmãos atacavam mulheres negras, em regiões próximas à mata, usavam arames e foices, praticavam necrofilia com os corpos e colecionavam lembranças das vítimas, normalmente as suas calcinhas.
Eles conheciam muito bem a mata que havia na região e ali permaneciam escondidos, alimentando-se de frutas e praticando seus crimes sem serem localizados nem pela polícia, nem pelos moradores locais, que empreenderam caçadas para pegá-los.
Em abril de 1995, Ibraim e Henrique mataram a própria tia a facadas, estupraram seu corpo morto e colocaram um pedaço de tronco em sua vagina.
O horror dos crimes chocava a todos e despertava nos moradores uma sensação de impunidade, de abandono por parte da polícia e um desejo de fazer justiça com as próprias mãos, mas os irmãos conseguiam sempre escapar e ter a mata como refúgio.
No mês de maio, eles mataram a golpes de foice uma lavradora e violaram seu corpo dentro de sua própria casa. Em julho, outra mulher foi morta dentro de casa, enforcada com a própria saia e estuprada.
Além dos crimes violentos, os irmãos saqueavam as casas das vítimas e sempre levavam suas calcinhas como troféus.
O último crime dos necrófilos de Nova Friburgo foi um dos mais violentos. Eles arrombaram a porta de uma casa, atacaram a mulher que ali vivia e, surpreendidos por seu filho de 9 anos, agrediram o menino com pauladas. A mulher, que estava grávida de sete meses, foi asfixiada com o próprio sutiã e teve seus órgãos genitais mutilados. O garoto não resistiu ao espancamento e morreu no dia seguinte.
O crime causou revolta nos moradores da região. Cerca de 110 policiais do BOPE foram enviados a Nova Friburgo com cães farejadores. Durante uma fuga, Ibraim foi atingido por dois tiros disparados pelo subcomandante do BOPE e morreu. Henrique conseguiu fugir, mas acabou se entregando meses depois, declarando-se inocente de todas as acusações e afirmando que apenas observava as ações do irmão. Ele foi condenado a 34 anos de prisão e, junto com seu irmão, entrou para a história de Nova Friburgo. Os crimes dos irmãos necrófilos entraram para o imaginário popular da região e a brutalidade das mortes continua assombrando quem ali vive.
Referências:
https://www.vice.com/…/os-irmaos-necrofilos-de-nova…
https://brunodv.jusbrasil.com.br/…/fazer-sexo-com…
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0209200009.htm
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/12/18/brasil/23.html
https://www1.folha.uol.com.br/…/11/26/cotidiano/23.html