Chineses, ordenhadeiras de vaca, varíola e um garoto de 8 anos: a interessante história da invenção da vacina
Atualmente, temos visto grupos de pessoas defendendo a não vacinação. O fato é que muitos desses indivíduos estão vivos por conta do desenvolvimento dessa grande invenção da medicina.
Nossa história começa com a doença que mais matou pessoas ao longo do século XIX, chamada de assassina de monarcas, estima-se que a varíola dizimou cerca de 20% da população mundial de 1801 a 1900.
A doença matou reis, súditos, nobres, trabalhadores, crianças e adultos, homens e mulheres, sem distinção alguma.
A enfermidade, que cobria o corpo do enfermo de pústulas e levava à morte em pouquíssimo tempo, assustava a todos. E, em períodos de pandemia, proporcionava alterações históricas significativas.
Por conta da periculosidade da varíola, cientistas de todo o mundo, há mais de 3 mil anos, procuravam a cura para a patologia, que teve seu primeiro registro há mais de três mil anos no Egito Antigo.
Os chineses foram os que mais se aproximaram do controle da varíola. No século XII, médicos chineses desenvolveram uma prática conhecida como “variolaçao”, que consistia em pegar raspas das pústulas do doente e injetar nas vias nasais das pessoas que conviviam com o enfermo, possibilitando que ficassem infectadas de forma menos potente e garantindo um tratamento mais precoce, não deixando a doença chegar ao estágio de sintomas mais graves.
Foi lendo publicações sobre essa prática que Edward Jenner, um médico britânico, passou a pesquisar formas de conter a proliferação e contágio da doença. Em uma de suas incansáveis pesquisas, Jenner percebeu que havia poucos casos de doenças entre ordenhadeiras de vaca e criadores de gado. Ao entrevistar muitas dessas ordenhadeiras, o Dr. Edward descobriu que a maioria delas havia se infectado com varíola bovina e não se contaminaram com a varíola típica de humanos, bem mais forte e mortal.
Após constatar essas questões, Jenner resolveu injetar pus de uma vaca doente em um ser humano e deu certo. Após vários outros testes, o médico tentou fazer o procedimento de um braço humano para o outro. Pegou uma pessoa infectada com varíola bovina, tirou o pus dela e inoculou em um garoto de 8 anos, cujos membros da família estavam doentes. O garoto não desenvolveu varíola. A partir daquele momento, estava desenvolvida a invenção que mudou para sempre a história da humanidade e que enviou a varíola para os livros de história para sempre: a vacina.
Atualmente, a varíola está erradicada e é mantida apenas em laboratório, dizem as más línguas que para, eventualmente, ser usada como arma biológica.
Tomem vacina, se vacinem, nós esperamos que encontrem uma vacina!
Referências:
http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/personas/jenner.html