Envenenados com arsênico: o terrível massacre indígena no Paralelo 11
Desde a chegada do colonizador, diversos foram os episódios de extermínio de povos indígenas. Tribos inteiras foram dizimadas, morrendo com elas a língua e a cultura de diversos desses povos. Esse extermínio, entretanto, não se limitou ao Brasil colonial, na história recente de nosso país temos diversos casos de confrontos e negligências que resultaram na morte de povos indígenas.
Um exemplo dessa violência praticada contra indígenas em território nacional é o Massacre do Paralelo 11, ocorrido em 1960, no Mato Grosso, no qual cerca de 3.500 índios Cinta Larga foram envenenados com arsênico. A ação foi praticada por pistoleiros enviados por empresários e contando com a omissão do Serviço de Proteção ao Índio (SPI).
O horror desse episódio não se limitou ao envenenamento por arsênico ou ao lançamento de dinamites sobre a aldeia, eles distribuíram brinquedos infectados pelo vírus da gripe, sarampo e varíola às crianças indígenas, houve casos de roubo, estupro, tortura e as mais diversas formas de agressão, tornando esse massacre um dos mais sangrentos já ocorridos na Amazônia brasileira.
Por ordem do seringalista Antônio Mascarenhas de Junqueira, um grupo de pistoleiros, liderado por Chico Luiz, invadiu a reserva indígena. Fortemente armados, com metralhadoras, pistolas de calibre 38 e winchester-44, os homens chegaram metralhando todos que encontravam pelo caminho. Foi um verdadeiro massacre, que só foi encerrado depois que constataram que não havia mais ninguém vivo na aldeia. No caminho, encontraram uma índia com seu filho pequeno, os pistoleiros mataram a criança com um tiro na cabeça, estuprara a sua mãe e depois a penduraram em uma árvore, pelos pés, de pernas abertas. Então, partiram-na a golpe de facão. O crime bárbaro foi noticiado em diversos jornais, o Brasil foi denunciado a órgãos internacionais por violação dos direitos indígenas, os criminosos, no entanto, continuaram impunes.
As informações sobre esse massacre constam do Relatório Figueiredo, documento de mais de 7 mil páginas no qual foram denunciadas diversas violações cometidas contra indígenas com o apoio do SPI. O material foi concluído em 1967 e traz informações detalhadas sobre ações realizadas em territórios indígenas, mostrando como o órgão que tinha o dever de proteger esses povos colaborou para o seu extermínio.
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Referências:
https://terrasindigenas.org.br/noticia/17879
http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6267-elena-guimaraes