Incentivo ao ódio, demonização de Judeus e mulheres como geradoras – Como era a Educação Nazista
A educação é o processo pelo qual a sociedade consegue reproduzir ou transformar realidades. É através dela que as intencionalidades de um sistema tomam forma na realidade. Em um sistema totalitário o processo educacional e o currículo a ser ensinado são uma síntese do projeto político que se quer impor.
Hoje trouxemos até vocês uma pesquisa que fizemos sobre o currículo e o sistema escolar Nazista.
O currículo escolar, reescrito a partir do livro de Hitler, Mein Kampf, compactuou para doutrinar uma geração inteira de Alemães e permitiu o desenvolvimento de um dos regimes políticos mais racistas e genocidas da história.
Esse é Bernhard Rust, o Ministro da Ciência, Educação e Cultura Nacional de Hitler. Ele controlou a ciência e a Educação até 1945, ano da queda do Regime.
Berhnard era um fanático apoiador de Hitler que, durante a República de Weimar(governo anterior) foi demitido do cargo de Mestre de Escola(uma espécie de diretor de instituição escolar) por possuir debilidades mentais e não ter juízo suficiente para ocupar o cargo.
Quando Berhnard foi nomeado por Hitler ele modificou todo o currículo escolar, alterando significativamente o processo educacional, transformando-o num motor para a doutrinação de crianças e adolescentes.
Em história:
O método foi alterado para a história dos Heróis, os livros didáticos costumavam começar com Hitler, e terminar nos heróis gregos e Germânicos da Idade Média.
Geografia:
A ideia de espaço vital era a base do currículo, os alunos aprendiam sobre geopolítica da raça ariana. Entendendo que o povo alemão tinha direito a outros territórios Europeus para poder desenvolver suas perfeições
Ciências Naturais(Biologia):
Focado nas questões de raça. As Ciências naturais chancelavam a “superioridade alemã” e explicavam sobre os prejuízos da miscigenação. O brasil chegou a ser usado como um exemplo mal sucedido de nação.
Teorias absurdas eram trabalhadas e o principal ponto do currículo era Genética e Hereditariedade.
Ciências Raciais e Eugênistas:
Incorporada no currículo de todas as escolas de ensino básico, essa disciplina, ligada à sociologia, filosofia e biologia era usada para que os alunos realmente incorporassem a ideologia racista do Nazismo. Geralmente negros e Judeus eram usados como exemplos de raça mal sucedida.
As mulheres;
As meninas tinham aulas separadas dos meninos. E o currículo lhes ensinavam a ser boas mães, ser boas parideiras e criar seus filhos conforme a cultura ariana.
Educação Física:
Basicamente a educação física era composta a fim de favorecer a ginastica. A atividade contribuía para criar corpos de acordo com a estética que pregavam ser a perfeição alemã. Os exercícios também contribuíam para formar garotos, desde pequenos, para os fronts de batalha.
Exatas:
Apesar de parecerem imparciais, até mesmo as disciplinas de física e matemática foram
submetidas a reformulações para auxiliar no fortalecimento do sentimento de raça.
Reorientou-se a matéria de física para compreender em seus estudos, tópicos militares, tais como
balística, aerodinâmica e radiocomunicação.
Juventude Hitlerista;
Além de intervir no sistema escolar, Hitler acreditava que deveria reforçar associação de jovens. Portanto ele passou a incentivar a organização de jovens nas fileiras da chamada “Juventude Hitlerista”, a qual era usada para propagar os ideias nazistas como verdade absoluta.
Era muito difícil convencer um alemão, nos anos 30 e 40, envolto por todo esse cenário, pensado propositalmente para criar verdades racistas, de que ele estava executando uma das maiores barbaridades e arbitrariedades da história da humanidade. Já que todo o sistema educacional foi pensado para criar nessas pessoas o sentimento de naturalidade frente ao absurdo.
Referências – nos comentários