Curiosidades

Serial Kisser: a vida de Beijoqueiro, personagem excêntrico da história do Brasil

Beijoqueiro tenta beijar o presidente Itamar Franco

O famoso “Beijoqueiro” ou “Serial Kisser”, alcunhas de José Alves de Moura, fez muito sucesso nos anos 80, 90 e 2000, com suas beijocas dadas nas buchechas e testa de celebridades. O Beijoqueiro driblava seguranças e demais barreiras até atingir seu alvo, geralmente uma celebridade ou autoridade pública.

Fazem parte das vítimas do Serial nomes como: Frank Sinatra, Romário, Roberto Dinamite, Tony Bennett, Garrincha, Falcão e Zico, entre outros.
Para a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1980, as autoridades tomaram medidas para que este não fosse assediado pelo Beijoqueiro, que foi detido no Rio de Janeiro e mantido preso até que o Papa se dirigisse ao próximo destino de sua excursão por sete cidades brasileiras. O Serial Kisser seguiu para São Paulo, onde foi novamente detido. Ganhou da polícia uma passagem de volta para o Rio, mas preferiu ir para Curitiba, local da visita seguinte do líder religioso. É preso uma terceira vez e, de volta ao Rio, faz um apelo em praça pública, ele queria beijar o papa, algumas horas depois, havia conseguido recolher o suficiente para pagar a passagem de avião até Manaus, destino final do Papa antes de deixar o país. Lá, conseguiu finalmente aproximar-se do sumo pontífice, dando-lhe 17 beijos nos pés.

Beijoqueiro ataca Roberto Dinamite

As informações sobre a vida de José Alves são poucas e desencontradas. Nascido em Portugal, na cidade de Gondomar, em 1940, Moura veio para o Brasil com 17 anos. Segundo seu irmão, Alves passou parte da vida transitando por hospitais psiquiátricos, pois levara golpes na cabeça após um assalto ao seu táxi no Rio de Janeiro, em 1966.
Foi quando, em 1980, com o Maracanã lotado, o José Alves fez sua primeira vítima: o famoso “The Voice” Frank Sinatra. Após o show, Alves driblou os seguranças e lascou dois beijos no cantor ítalo-americano, o que lhe rendeu o apelido de Beijoqueiro.

Daí pra frente, não parou mais, até Leonel Brizola chegou a ser beijado. Os governadores e presidentes empossados passaram a colocá-lo em suas listas como um elemento perigoso que poderia causar problemas às suas imagens de homens sérios ligados à vida pública (talvez pelo medo da falação que um beijo de outro homem causava na época).

Beijoqueiro chegou a ser espancado algumas vezes em campos de futebol, principalmente após um beijo dado em Zico. Na ocasião, Alves foi preso pela polícia carioca. O beijo saiu caro: teve costelas e dentes quebrados. Passou por uma bateria de exames para determinar sua sanidade, que foi comprovada. Acabou libertado pelo juiz , que declarou: “Beijar não é crime. Quem dera se todos os delinquentes do Brasil trocassem suas armas por beijos”.

Nos anos 90, a empresa Walt Disney publicou uma revista em quadrinhos em que o Beijoqueiro perseguia o personagem Zé Carioca. Mas a fama também trouxe seus percalços: Moura foi demitido de seu emprego como taxista pois, segundo seu patrão, os clientes temiam que ele tentasse beijá-los. As acusações de que ele seria homossexual também fizeram com que sua primeira esposa o deixasse.

A última aparição dessa figura foi em 2011, quando espalhou pelo Rio de Janeiro a informação que beijaria o presidente americano Barack Obama. O Beijoqueiro não conseguiu realizar o feito!

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