O genocídio Armênio, um dos maiores crimes da história humanidade
Durante 1915 e 1918, os turcos exterminaram intencionalmente grande parte da população armênia, em um crime cruel e pesado que poucas vezes é lembrado pela história
Muito se fala sobre genocídios na história do século XX. O evento mais conhecido foi o assassinato de Judeus, que ficou conhecido como Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, há um crime, protagonizado pelos turcos, de que pouco se fala, mas mostra uma face terrível desses delitos contra a humanidade.
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No final do Século XIX, o Império Turco-Otomano controlava uma extensa faixa de terra que atravessava países e continentes. Muitos povos foram sufocados e oprimidos durante os anos de vigência desse poderoso conglomerado político. Controlados pelo Sultão, povos com menor poder bélico e que não constituíram exércitos foram suprimidos. Foi o caso do povo Armênio, de ampla maioria cristã.
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Quando a Primeira Guerra estourou, esses povos tentaram declarar a independência do Império Turco. Intelectuais, políticos e militares dessas etnias lutavam pela autonomia do próprio povo.
Então, essas atitudes serviram como justificativa para que os turcos, munidos de um sentimento nacionalista, dessem início ao extermínio dessas populações. E começaram pelos armênios, acusados de terem se aliado com os russos. Inimigos mortais do império turco otomano na época.
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A título de vingança e para mostrar a força e o poder bélico, autoridades políticas e militares autorizaram e planejaram o extermínio. A ordem veio do Primeiro Ministro Mehmet Talaat, o início do conflito foi autorizado pelo Sultão Abdul-Hamid II e o genocídio se iniciou pelas mãos do ministro da guerra, Ismail Enver, um nacionalista fanático e cruel.
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As estratégias adotadas para matar os armênios consistiam em três passos. Primeiro uma ordem foi expedida para enviar homens armênios em idade fértil para os campos de batalha, com a única e exclusiva atribuição de cavar trincheiras no meio da terra de ninguém (espaço em que ocorria a batalha armada). Durante as escavações, os armênios eram mortos como moscas.
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O segundo passo foi decretar expurgos das áreas urbanas das cidades armênias e colocar as mulheres, velhos e crianças em campos de concentração, nos quais nem comida forneciam.
O terceiro passo era a violência simbólica. No caminho para os campos de morte, mulheres eram estupradas, crianças lançadas vivas no mar negro para se afogarem, velhos eram deixados sem água e fetos eram arrancados do ventre de suas mães através das lâminas das baionetas, tudo para causar o maior medo possível nos membros da etnia armênia.
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Entretanto, a violência não termina aí. Para criar mais simbolismo nas execuções, os turcos crucificavam intelectuais, pessoas armênias famosas e influentes. A ideia era ostentar uma violência simbólica sobre a religião dos armênios, de ampla maioria cristã.
As meninas acima de 14 anos eram vendidas como escravas sexuais e depois executadas a sangue frio.
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Ao fim dos três anos de extermínio, estima-se que um terço o povo armênio tenha sido dizimado. O Império Turco-Otomano foi um dos perdedores da Guerra e se desfez. Mas até hoje a Turquia, país sede do Império Turco, não assume publicamente que houve um genocídio, o que causa uma revolta legítima do povo armênio que, através de seus intelectuais, artistas e políticos, cobra as devidas indenizações e assinatura de culpa.
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Referências:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/genocidio-armenio.htm
https://www.britannica.com/event/Armenian-Genocide
https://www.bbc.com/news/world-europe-16352745
https://www.armenian-genocide.org/genocide.html
The Armenian Genocide: A Captivating Guide to the Massacre of the Armenians by the Turks of the Ottoman Empire