A seita da Morte: a história do suicídio coletivo liderado por Jim Jones
A Seita Templo dos Povos foi uma denominação religiosa fundada por Jim Jones na cidade de Indianapolis, em Indiana, nos Estados Unidos.
Jones iniciou seu projeto no final dos anos 50, formando uma filosofia religiosa que misturava cristianismo e socialismo, pregando igualdade e crença em Deus e Jesus Cristo. Ao longo de quase 20 anos, o líder religioso conseguiu aumentar o número de fiéis de forma considerável, chegando a ser mal visto por políticos do seu estado de origem. Com o passar do tempo e o aumento dos seguidores, o alto escalão da instituição religiosa resolveu mudar para São Francisco, mais especificamente, a cidade da Califórnia, onde a seita passou a ter dezenas de milhares de adeptos e conexões com políticos importantes de esquerda e com celebridades.
No início de 1970, devido a um projeto ambicioso, Jim Jones transferiu parte de sua igreja para a Guiana, uma região remota, circundada por grandes florestas. Ali, ele formou a capital de sua seita, uma espécie de comuna que foi batizada de “Jonestown”, algo como Cidade de Jones. Na localidade, o pastor arrebanhou mais de duas mil pessoas que passaram a viver sob os olhares de um forte esquema de segurança e lavagem cerebral.
Com o passar do tempo, alguns integrantes do grupo ficaram insatisfeitos com a experiência e tentaram fugir. As notícias davam conta de que Jones e sua equipe coagiam os moradores do local. Havia denúncias de tortura e outras atrocidades. Deputados norte-americanos, então, abriram inquérito parlamentar e resolveram acabar com o projeto de Jones. O político eleito Leo Ryan foi um dos responsáveis por fiscalizar o acampamento de Jim Jones. Ele foi até lá acompanhado de 10 pessoas, uma delas, um correspondente da NBC. Notando que o deputado não gostou do que viu, os líderes religiosos prepararam uma emboscada que terminou na morte do político e do jornalista.
Após o crime, Jim Jones sabia que os norte-americanos invadiriam o local. Então, através de persuasão e de um grande esquema de envenenamento coletivo, ele convenceu as pessoas a se suicidarem.
Em 18 de novembro de 1978, 909 pessoas morreram, entre elas, 300 crianças. O que aconteceu em Jonestown foi um misto de suicídio coletivo e assassinatos. Os que não se mataram com facas e armas de fogo, tomaram ponche envenenado com cianeto.
O evento é conhecido até hoje como um dos maiores suicídios coletivos de que se tem registro na história da humanidade.
Jones morreu no mesmo dia, foi um dos últimos a cometer suicídio.
Referências:
https://www.alamy.com/united-states-military-personnel-remove-american-bodies-from-the-cult-murder-suicide-in-jonestown-guyana-for-repatriation-back-to-the-us-jonestown-was-a-remote-settlement-established-by-the-peoples-temple-an-american-cult-under-the-leadership-of-reverend-jim-jones-in-north-guyana-it-became-internationally-notorious-when-on-november-18-1978-a-total-of-918-people-died-in-the-settlement-at-the-nearby-airstrip-in-port-kaituma-and-at-a-temple-run-building-in-georgetown-guyanas-capital-city-image220963786.html
https://amp.theguardian.com/world/2018/nov/17/an-apocalyptic-cult-900-dead-remembering-the-jonestown-massacre-40-years-on
https://www.bbc.com/portuguese/geral-46258859