Caso Ana Lídia
Um dos crimes mais bárbaros da história do Brasil, que contou com a ajuda da Ditadura Militar para manter-se encoberto
O caso Ana Lídia, assim conhecido pela criminologia brasileira, refere-se ao assassinato de Ana Lídia Braga, fato ocorrido em Brasília durante a década de 1970.
Ana Lídia tinha 7 anos e era filha de uma família de classe média, residente na Asa Norte de Brasília. Em 11 de setembro de 1973, foi sequestrada na porta da escola em que estudava. A menina foi estuprada e morta. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado em uma vala.
Ao realizarem a análise do local do crime, os peritos encontraram duas camisinhas e marcas de pneus de moto, indícios que facilmente poderiam levar os investigadores aos culpados da atrocidade.
A menina estava nua, com marcas de cigarro na pele e com os cabelos mal cortados, as impressões digitais eram abundantes em todo o corpo e na roupa.
Primeiramente, as suspeitas recaíram em cima do irmão de Ana Lídia, que teria vendido a irmã para saldar dívidas com traficantes. Depois suspeitaram de alguns filhos de políticos e importantes membros da sociedade brasiliense. Porém, os verdadeiros culpados nunca foram apontados e o caso tornou-se mais um símbolo da impunidade durante a ditadura militar.
Segundo o autor Javier Godinho, em seu livro “A Imprensa Amordaçada”, o governo militar abafou o caso, para isso, emitiu um comunicado aos meios midiáticos:
“De ordem superior, fica terminantemente proibida a divulgação através dos meios de comunicação social escrito, falado, televisado, comentários, transcrição, referências e outras matérias sobre caso Ana Lídia e Rosana”.
Referências: