Vizinhança do Barulho: Como Hitler, Stalin, Freud e Trotsky foram vizinhos na Viena de 1913
Trotsky, Hitler, Stalin, Freud e General Tito moraram a poucos quilômetros de distância e podem ter frequentado os mesmos cafés, na Viena de 1913
Era início de janeiro de 1913, quando uma vizinhança bastante inusitada se formou em Viena, na época, capital do Império Austro-Húngaro. Cinco nomes extremamente relevantes na história do século XX passaram a morar na mesma região: Adolf Hitler, Joseph Stalin, Leon Trotsky, Sigmund Freud e Josip Tito.
Naquele momento, a teoria psicanalítica de Freud já havia conquistado o seu espaço e ele era um nome bastante conhecido em Viena. Trotsky e Stalin viviam exilados na região. Saídos da Rússia czarista, ainda não tinham assumido o papel que lhes garantiria o registro de seus nomes na história. O primeiro, se tornaria um dos líderes da Revolução Russa de 1917. O segundo, passaria a governar a União Soviética depois da morte de Lênin.
Hitler, por sua vez, ainda era um jovem que sonhava com a carreira de pintor. Estava muito distante de se transformar no ditador da Alemanha e ser um dos principais responsáveis pela Segunda Guerra Mundial.
Josip Broz Tito era um jovem trabalhador de uma fábrica de automóveis e apenas anos depois se tornaria o marechal Tito, um dos principais líderes da ex-Iugoslávia e responsável por um governo marcado pela repressão.
Na época, o Império Austro-Hungaro era formado por 15 nações e tinha cerca de 50 milhões de habitantes. Era um importante centro cultural e contava com a presença de grandes intelectuais, que frequentavam os seus cafés e produziam ideias que marcaram a época.
As condições vividas por esses cinco homens, entretanto, eram bem diversas. Enquanto Freud gozava do prestígio conquistado com a Psicanálise, Trotsky e Stalin viviam na condição de exilados, Tito era um jovem em busca de aventuras e Hitler amargava as decepções de tentar sem sucesso ingressar na Academia de Belas Artes de Viena.
Com exceção de Trotsky e Stalin, não há registros de que os demais possam ter se conhecido, mas é bem provável que tenham frequentado os mesmos cafés e circulado pelos mesmos locais. No entanto, não será essa passagem por Viena que registrará os seus nomes na história, mas, sim, os papéis que eles desempenharam algum tempo depois, quando saíram dali e assumiram posições determinantes nos rumos da humanidade.
Referências: