O manual da morte: como Columbine criou uma estética usada nos massacres escolares
No dia 20 de abril de 1999, os amigos Eric Harris e Dylan Klebold passaram pelo portão da Columbine High School e se tornaram uma das duplas de assassinos mais cruéis da história dos Estados Unidos.
No final daquele dia, os dois deixaram um saldo de 15 mortos. Entre as vítimas estavam os próprios assassinos, que se suicidaram ao final da ação.
Tiroteios e massacres em escolas existiam antes de Columbine. Mas foi a partir desse evento que se criou uma espécie de estética, a qual acabou por influenciar outros jovens. Após o crime, outros delitos da mesma natureza passaram a obedecer à estética e estilo dos dois assassinos.
Após 1999, em dezenas de casos analisados ao redor do mundo, nos quais pessoas armadas invadiram escolas para assassinar colegas e profissionais, foi possível observar o uso de roupas pretas e escuras ou que escondiam o corpo e rosto dos assassinos, a preparação com mais de uma arma de fogo e facas, mostrando um poder de fogo de altíssima periculosidade e também ostentando, a partir de todo esse maquinário, que houve uma preparação para o momento do massacre.
Além desses fatores, outros assassinos também adotaram a “caminhada dos assassinos” por diversos espaços da escola, mostrando, de forma simbólica, seu potencial destruidor naquele espaço.
Após Columbine, os crimes de massacres em escolas aumentaram de forma assustadora, e, nos últimos 21 anos, eles se espalharam pelos quatro cantos do globo, como uma tenebrosa forma de reproduzir o terrível espetáculo ali mostrado.]
Referências
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722009000300021
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/332954518/o-massacre-de-columbine
