A história de Roland Ratzenberger, o piloto pouco conhecido que morreu 24 horas antes de Ayrton Senna.
Roland Ratzenberger nasceu em 4 de julho de 1960 em Salzburgo, Áustria. Desde muito cedo se apaixonou por carros, filho de funcionários públicos, teve uma boa educação e ao completar o ensino de base passou a trabalhar como mecânico em oficinas de carros de luxo. Com 19 anos conseguiu um trabalho de instrutor na escola de pilotagem Walter Lechner, famosa por formar pilotos para a fórmula 3000, categoria conhecida por fornecer pilotos para a famosa Fórmula 1.
Foi entre uma e outra instrução que Roland decidiu que deveria correr atrás do sonho de virar piloto de F1, então passou a juntar dinheiro para correr e campeonatos menos badalados.
Em 1981, ganhou o troféu Jim Russel na F-Ford. Juntou dinheiro e financiou as próprias corridas na Áustria, Alemanha e Itália. O financiamento não era muito bom, mas funcionou. Seu apelido era ‘Rolando Topo di Montana’. Mesmo correndo e se destacando por onde passava, faltava dinheiro no bolso de Roland, sua história era bem diferente dos outros pilotos, geralmente de famílias muito ricas.
Em 1985, o proprietário de uma pedreira financiou um carro de F-Ford Van Diemen RF 85 para Roland em troca de ele treinar seu filho. Apesar de boas vitórias pelos campeonatos onde passava, o piloto não era considerado um grande talento, mas sim um atleta dentro da média. Também pudera, o piloto tinha sérias dificuldades para se dedicar integralmente às corridas, pois não tinha apoio financeiro significativo.
Mas foi 1986 que Roland se muda para o Japão e passa a ganhar um bom dinheiro como primeiro piloto Europeu a estar a frente de um carro da Toyota, em corridas organizadas em território japonês, a frente da Toyota ele consegue finalmente ingressar na Fórmula 3000, a ante-sala da F1 . Com o sucesso batendo à porta, o piloto passou a guardar dinheiro para financiar sua entrada na grande Fórmula 1. Até que no final de 1993 uma empresária resolveu patrocinar Roland para entrar na modesta equipe inglesa Simtek Ford e fazer as primeiras cinco corridas, o atleta, com poucos recursos financeiros pagava viagens e outras custos do próprio bolso. O sonho de correr na categoria principal durou apenas 53 dias, até o fatídico 30/04/1994. Durante o treino de qualificação para o GP de San Marino, Ratzenberger fazia uma tentativa de classificação quando, na entrada da veloz curva Villeneuve, a asa dianteira do carro Simtek soltou-se e o piloto, sem controle do carro, chocou-se violentamente contra o muro, a 314,9 km/h.
O piloto teve fraturas múltiplas no crânio e no pescoço. Logo após o acidente, uma tentativa de reanimação cardíaca foi feita na própria pista. Sua morte foi anunciada oito minutos após o piloto ter dado entrada no Hospital Maggiore de Bolonha. Após o acidente, a Simtek anunciou que não iria se retirar da corrida, alegando que Roland gostaria que David Brabham, seu companheiro de equipe, participasse da corrida. Andrea Montermini, piloto de testes da Simtek, ocupou o lugar do austríaco.
As investigações da tragédia geraram grande controvérsia especialmente porque, no dia anterior (sexta), Rubens Barrichello sofreu um acidente grave e no domingo, outro piloto morreria na mesma pista: Ayrton Senna. A discussão se concentrou na determinação da hora e local da morte de Ratzenberger.
Os organizadores da corrida alegaram que ele foi levado ainda com vida a Bolonha enquanto os investigadores atestaram que ele teve morte instantânea ou, no mínimo, ainda dentro do circuito de Ímola. Segundo as leis italianas, se um esportista morrer durante um evento esportivo, o evento deve ser cancelado e todo o complexo desportivo colocado à disposição dos peritos até o fim da investigação que pode durar meses ou anos. Se isso tivesse acontecido, a morte de Senna teria sido evitada, segundo a imprensa da época e historiadores: a direção da FIA foi resistente em cancelar o GP, mesmo com os acontecimentos macabros dos dois dias que sucederam a morte do piloto brasileiro.
A vida de Roland é pouco conhecida pela maioria das pessoas, o atleta geralmente é lembrado como uma personagem acessória para explicar a morte de Senna. Mas vale a pena a lembrança e o conhecimento sobre um pouco da trajetória desse austríaco.
Ratzenberger foi velado no dia 7 de maio de 1994, em seu funeral compareceram poucas pessoas ilustres, entre elas estavam os austríacos Gehard Berger, que também foi ao funeral de Ayrton, e Niki Lauda, além de Max Mosley, então presidente da FIA, que ao ser entrevistado anos após o enterro, disse: “Roland havia sido esquecido. Então fui ao seu funeral porque todos foram ao do Senna. Pensei que seria importante alguém ir ao dele”.
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