A cadeira elétrica, desenvolvida por uma equipe chefiada por Thomas Edison, tinha como objetivo provar o controle da eletricidade através do uso da corrente contínua. Na época, final do século XIX, o empresário norte-americano estava em guerra com Nikola Tesla, que defendia o uso da corrente alternada.
Ao conflito mercadológico e publicitário para tentar vender esses métodos de distribuição de energia elétrica, deu-se o nome de “Guerra das Correntes”.
Foi nesse período que Edison, através de contatos importantes com governadores, conseguiu implementar as cadeiras elétricas em prisões de pelos menos 12 Estados.
A primeira pessoa a ser eletrocutada foi William Kremmler, que cometeu um feminicídio (termo não usado na época), ao matar sua companheira à machadadas por ciúmes de um cliente que frequentava a barraca da qual era proprietário.
A execução foi desastrosa. A primeira descarga elétrica não foi capaz de matá-lo, como era previsto no manual. Os guardas, desesperados ao ver que o homem estava vivo, ligaram novamente a eletricidade por mais dois minutos. Com a força da corrente, as mãos e pés do sentenciado estouraram, seu corpo começou a pegar fogo, o cheiro tomou conta da sala, pessoas que assistiam à execução sofreram desmaios, vômitos e, muitas delas, precisaram de atendimento médico. Ao fim dos dois minutos, as chamas do corpo foram apagadas com água. O cheio na sala demorou meses para sair.
Após o ocorrido, o objeto passou por modificações: o eletrodo, ligado à cabeça do condenado foi aperfeiçoado, e uma esponja especial era regada à água e colocada entre a cabeça raspada e o capacete do eletrodo, para que ocorresse a condução da eletricidade direto nas partes cerebrais.
Referências
https://www.dw.com/pt-br/1890-primeira-execu%C3%A7%C3%A3o-na-cadeira-el%C3%A9trica/a-895728
http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=116&evento=2