Sem sua genialidade, provavelmente o raio-x, o tratamento de radioterapia e outras contribuições, a partir do estudo de elementos radioativos, não teriam existido
Maria Sklodowska nasceu em 7 de novembro de 1867, em Varsóvia, na Polônia. Desde cedo, mostrou-se uma excelente aluna. Formou-se aos 15 anos, mas não conseguiu ingressar na Universidade de Varsóvia, pois, naquela época, eles não aceitavam meninas. Como seu pai não tinha condições de mandá-la para a França, Marie combinou com a irmã que trabalharia para ajudá-la a se formar em Medicina e depois ela a ajudaria em seus estudos. Aos 24 anos, matriculou-se na Universidade de Sorbonne.
Em 1894, já havia se formado em Física e Matemática e atraído a atenção do jovem professor e cientista Pierre Curie, com quem se casou algum tempo depois.
As pesquisas realizadas por Marie Curie levaram à descoberta de dois novos elementos químicos: o polônio, que ganhou este nome em homenagem ao país natal de Marie, e o rádio. A pesquisa do casal abriu um novo caminho a ser explorado na área científica e médica, levando muitos cientistas da época a estudarem o assunto.
Em 1903, Marie e Pierre ganharam o prêmio Nobel de Física por causa de seus estudos sobre radioatividade.
Em 1906, seu marido morreu atropelado e Marie Curie se viu em busca de um emprego em uma universidade para conseguir sustentar suas duas filhas. Seu brilhantismo fez com que ela conquistasse seu espaço dentro do ambiente científico, que era marcadamente masculino. Em 1911, ganhou o prêmio Nobel de Química, por ter descoberto o rádio e polônio.
A função histórica de Marie não se limita apenas às suas pesquisas e contribuições acadêmicas, mas também ao seu trabalho e coragem. Seus dois prêmios Nobel abriram espaço para as mulheres na ciência, ajudando a quebrar muitos tabus que barravam o sexo feminino nas universidades e centros de pesquisas.
Em 1914, ela fundou o Instituto Curie em Paris, visando o estudo das aplicações médicas do rádio em doentes oncológicos.
Além de todo esse legado, Marie ainda foi condecorada durante a Primeira Guerra Mundial, pois percorreu trincheiras e centros médicos instalando aparelhos de raio-x móveis, máquina cuja instalação e dosagem radiológica era dominada apenas por ela. Marie Curie e sua filha Irène encamparam uma batalha para convencerem médicos a utilizarem o seu invento e, assim, evitarem amputações desnecessárias em soldados feridos.
Marie Curie morreu aos 66 anos, em 1934, na França, em decorrência de uma leucemia causada pela alta exposição à radiação, mas deixou um importante legado para a pesquisa científica e foi uma pioneira na busca por espaço para as mulheres na ciência.
Referências:
https://oglobo.globo.com/celina/conheca-marie-curie-mulher-que-descobriu-radioatividade-ganhou-duas-vezes-nobel-23778462. Acesso em 17/01/2019.
SANTOS, Paloma Nascimento dos. “Marie Curie e a Primeira Guerra Mundial”. História da Ciência e Ensino: Construindo Interfaces. v. 18. 2018. pp. 47-59. https://revistas.pucsp.br/hcensino/article/view/37175/26718. Acesso em 17/01/2020.
MARTINS, Roberto de Andrade. “Marie Curie e a radioatividade”. Disponível em: www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Curie/Curie3.htm. Acesso em 05/01/2020.