Durante anos, o assassino ceifou a vida de mais de 50 pessoas, a maioria crianças e adolescentes. Suas práticas de mutilação dos corpos eram tão cruéis que a polícia chegou a acreditar que ele usava uma máquina agrícola para realizá-las.
Os detalhes dos crimes confessados na audiência levaram ao desmaio funcionários do fórum e pessoas que assistiam ao julgamento
Histórias de serial killers são sempre muito chocantes. Algumas delas, inclusive, provocam frio na espinha ou náuseas enquanto as lemos. A história de Chikatilo é uma delas. Conhecido como “Açougueiro de Rostov” ou “Estripador Vermelho”, ele aterrorizou a cidade soviética de Rostov e seus arredores durante os anos 80.
Andrei Romanovich Chikatilo nasceu em 1936, na vila de Yabluchnove, na Ucrânia. Era uma época em que a fome e a miséria se espalhavam por ali e surgiam casos de canibalismo como uma forma de sobrevivência.
Nesse cenário, ele cresceu ouvindo sua mãe lhe contar histórias sobre seu irmão mais velho que, segundo ela, havia sido sequestrado e comido por vizinhos.
Além da vida de miséria, ele sofria de problemas urinários e impotência sexual, o que o levou a ser vítima de bullying na infância e a acumular muitas histórias frustradas de tentativas de manter relações sexuais com garotas da sua idade.
Andrei Chikatilo se tornou um homem bastante culto, o que o aproximou do Partido Comunista. Aos 34 anos, foi contratado como professor do ensino médio, no entanto, transitou por várias escolas, em função de receber recorrentes acusações de assédio infantil, até que conseguiu um emprego público em Shakhty, onde fixou residência e também deu início aos seus crimes.
Casado, pai de dois filhos, diplomado em artes liberais, literatura russa, engenharia e marxismo-leninismo, ele era alguém que poderia passar sem despertar suspeitas, mas que tinha em seu passado várias acusações de assédio infantil e começava a deixar em seu caminho uma enorme trilha de sangue e horror. Como sempre viajava a trabalho, escolhia suas vítimas em pontos de ônibus e estações de trem e se livrava dos corpos em florestas próximas a linhas de trem.
Sua primeira vítima foi uma menina de 9 anos, capturada por ele em um ponto de ônibus. Chikatilo mutilou seu corpo e o abandonou em uma floresta. Assim dava início a 53 mortes confirmadas, todas seguindo estratégias semelhantes para atrair suas vítimas e descarregar toda a sua crueldade. Seus alvos preferidos eram crianças e prostitutas, elas eram capturadas em pontos de ônibus e estações de trem, mutiladas, seus olhos eram perfurados, pedaços de seus corpos eram arrancados a mordidas e os restos mortais eram abandonados na floresta. Ele amarrava as vítimas com os braços para trás e tentava estuprá-las, após fracassar por causa de sua impotência, as esfaqueava repetidamente. Em alguns casos, desfigurava os órgãos genitais de suas vítimas e dilacerava suas línguas para que não pudessem gritar. A crueldade de seus crimes era tamanha, que muitas pessoas achavam que as mortes haviam sido provocadas por algum animal selvagem ou até mesmo por um lobisomem.
Com o passar do tempo, a pilha de corpos deixada por Chikatilo só foi aumentando, mas o Partido Comunista se negava a assumir que havia um serial killer ali.
Em 1983, o detetive Mikhail Fetisov, veio de Moscou para liderar as investigações. A polícia encontrou Andrei saindo de uma floresta com o rosto cheio de sangue e um corte na mão, mas ele acabou sendo liberado por falta de provas. No dia seguinte, porém, um corpo foi encontrado e o incriminou. No dia 20 de novembro de 1990, Andrei Romanovich Chikatilo foi preso. No início, ele negou todas as acusações, porém, acabou narrando detalhadamente cada crime em suas conversas com o psiquiatra Bukhanovski. Confessou como assassinou cruelmente 56 pessoas, mostrando toda a selvageria de seus atos. A polícia, entretanto, encontrou somente 53 corpos.
Seu julgamento levou 6 meses, nos quais ele permaneceu enjaulado para evitar a ira das famílias das vítimas. Embora sua defesa tenha tentado sustentar a tese de que ele não tinha condições mentais de responder por seus atos, ele mostrou muita frieza durante o julgamento e não havia dúvidas de que sentira prazer ao executar cada crime. Quando a sua sentença foi proferida, ele fez a seguinte afirmação no tribunal: “Quero que meu cérebro seja desmontado pedaço por pedaço, e examinado, de modo que não haja outros como eu”. Em 15 de fevereiro de 1994, foi preso em uma cela privativa da prisão de Rostov e executado com um tiro fatal atrás da orelha.
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