Em 1968, o Movimento de Comando de Caça aos Comunistas (CCC), ligado a alunos Universidade Mackenzie, invadiu o Teatro Municipal, em São Paulo, onde era encenada a peça “Roda Viva”, escrita e dirigida por Chico Buarque. Nas pichações na parede, estavam os escritos:
“Arte sim, palavrão não! C.C.C.”
Após o incidente em São Paulo, a peça voltou a ser encenada, desta vez em Porto Alegre. No entanto, os atores do espetáculo voltaram a ser vítimas da violência e intransigência do CCC e, depois deste segundo incidente, o espetáculo “Roda Viva” deixou de ser encenado naquele momento.
Considerada uma das mais importantes peças de teatro brasileiras já produzidas na década de 1960, “Roda Viva” é um musical dividido em dois atos e se tornou um símbolo da luta pela liberdade de expressão artística. O alto número de palavrões ditos em cena e a grande quantidade de críticas ao Regime Militar, entretanto, levaram movimentos de direita a questionarem a validade da obra artística.