O período da Segunda Guerra Mundial, que compreende de 1939 a 1945, ceifou a vida de muita gente, foram gerações e gerações exterminadas da face da terra pelos mais diferentes motivos. Mas, a guerra não matou apenas europeus. Outros países sofreram muito com esse conflito de forma direta ou indireta, seja na ponta do fuzil, de fome ou crise econômica.
Um desses eventos de sofrimentos pode ser conferido ao estudar o caso ocorrido na região de Bengala, Índia, local onde cerca de quatro milhões de indianos perderam a vida em decorrência da fome.
A terrível crise foi causada pela Inglaterra, propositalmente. Na época, esse país se denominava como metrópole dominante da Índia.
O fato ocorreu devido à grande importação de arroz para os campos de batalhas europeus, o que esgotou o alimento daquela região. É isso mesmo, para alimentar tropas europeias, os ingleses deixaram que famílias inteiras fossem ceifadas pela falta de comida.
Na época, a Birmânia, que ficava ao lado de Bengala, era a maior exportadora de arroz para a tropas inglesas na guerra, o governo Inglês deu preferência à alimentação das tropas inglesas, em uma decisão proposital, impedindo que o arroz fosse exportado para os civis indianos.
A ação, que foi tomada conscientemente pelo Primeiro Ministro inglês Winston Churchill, prejudicou o fornecimento de comida para as populações indianas de da região bengalense. O fato causou uma fome indescritível, o que fomentou casos de canibalismo até entre membros da mesma família. Há relatos de que famílias matavam um dos membros para fazer comida para o restante. Pessoas morriam à luz do sol e seus corpos ficavam jogados no meio das ruas servindo como alimentação para urubus. Ao fim do evento, após mais de quatro milhões de mortos, a Índia ainda foi obrigada a lutar pelo Reino Unido, fazendo com que seus habitantes defendessem, dos alemães, o Império que matou suas famílias de fome.
Referências:
https://www.bbc.co.uk/blogs/thereporters/soutikbiswas/2010/10/how_churchill_starved_india.html
