Idemir Carlos Ambrósio, conhecido como o Sombra, na penitenciária de Araraquara, no início dos anos 90.
A Organização Criminosa Primeiro Comando da Capital nasceu em 1993, em uma casa de Detenção, na cidade de Taubaté. Após uma partida de futebol com final trágico, alguns detentos fundaram o que seria uma das maiores organizações criminosas do mundo.
Mas como que uma pequena quadrilha tomou conta de 90% dos presídios paulistas e de parte significativa das penitenciárias do resto do país?
Um das respostas é a existência de Sombra, um presidiário condenado por roubo, mas que possuía habilidade política e capacidade de articulação e negociação muito apuradas.
Sombra, como era conhecido, foi transferido inúmeras vezes de presídio e, por onde passava, por possuir características de liderança, conseguia convencer presos a aderirem à facção e se rebelarem.
Como tinha boas relações, não violentas, com a maior parte da massa carcerária, Idemir passou a ser o porta voz da organização e um dos seus principais articuladores, ele, como um CEO do mundo do crime, junto com outros líderes, ampliou exponencialmente o poder do crime organizado dentro e fora dos presídios paulistas.
Em meados dos anos 10 do século XXI, Sombra foi morto a mando de alguns líderes que não concordavam com a sua forma de liderança. A morte do detento causou o primeiro grande racha na facção criminosa e acabou por dividi-la em dois grupos com ideias distintas sobre os rumos da organização, um dos grupos defendia a continuação da ampliação da luta pelas reivindicações dos presos e o outro defendia arduamente a expansão dos lucros com o tráfico de drogas e financiamento de roubos.
O homem que passou de cadeia em cadeia difundindo as ideias do mundo do crime, foi morto por colegas da própria facção, os desdobramentos pós morte foram banhados por muito sangue dentro dos presídios paulistas.
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Referências: Livro – Cobras e Lagartos de Josmar Jozino.