Em 1819, um conjunto de homens da alta sociedade americana fundou a “Sociedade Americana de Colonização”. Eles acreditavam que uma hora ou outra os escravizados seriam libertos e não conseguiriam se enquadrar na sociedade norte-americana. Também havia o medo de uma tendência a casamentos inter-raciais e possível miscigenação da população norte-americana. No período, boa parte da comunidade científica acreditava que as raças definiam o progresso de uma nação e a miscigenação era vista como algo que atrasava o desenvolvimento.
Com a chegada de Monroe ao poder, e sua política de expansão imperialista, a ideia ganhou ainda mais força, ao ponto dos líderes conseguirem convencer o presidente dos Estados Unidos a patrocinar uma espécie de “compra” de um território no continente africano.
Então, negros libertos e brancos organizaram a migração de afro-americanos para o território.
Lá, foi formado o país “Libéria”, que significa liberdade, e a capital recebeu o nome de Monrávia, em homenagem ao presidente patrocinador.
A ação recebeu duras críticas de abolicionistas, que acreditavam que os negros já faziam parte da cultura e da população norte-americana. Mas a ideia de levar ex-escravizados para a África também ganhou a adesão de negros cristãos, que viram nessa política a oportunidade de levar o cristianismo para a África. Tanto que entre os principais fundadores da “Libéria” estavam homens negros ligados à igreja presbiteriana.